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Cidade da Morte


Cidade da Morte
Suma de Letras

Esse eu ganhei da Suma de Letras na CCXP de 2015, no fatídico pós painel de Jessica Jones com o Tennant que eu não vou ficar remoendo isso aqui porque dá úlcera e eu já conheci o Tennant ao vivo mesmo, então chupa Netflix. Depois eu descobri que eles só estavam dando porque os livros estavam com um erro de impressão - mas eu não me importo com isso nenhum pouco. Mas você pode comprar na Saraiva, Amazon ou Livraria Cultura, em papel ou e-book.

Onde se situa: é a novelização de um arco do 4th Doctor (Tom Baker) - mais especificamente, o 2º arco da 17ª temporada - que foi ao ar entre 29 de setembro e 20 de outubro de 1979.

Paris, 1979. O Doutor leva Romana para um dia de folga, mas enquanto almoçam em um dos charmosos cafés da cidade o tempo parece saltar, deslizando alguns segundos para trás. Intrigado, o Doutor não demora a identificar uma rachadura no espaço-tempo.
Em outro canto da cidade, o Conde Scarlioni patrocina perigosas - e caríssimas - experiências com o tempo. Para isso, decide roubar a Mona Lisa e revendê-la. Um plano ousado, ainda mais quando os Senhores do Tempo descobrem que ele não tem apenas uma, mas (...) Mona Lisas escondidas no porão: e todas são verdadeiras!
Com a ajuda do detetive Duggan, especialista em esmurrar pessoas, o Doutor e sua companion e não compEnion como algumas pessoas gostam de escrever por aí precisam deter os planos do elegante e misterioso Conde Scarlioni para que a humanidade tenha chance de sobreviver.

O que falar desse que é meu livro predileto de Doctor Who? Uma porrada de coisas!!!!

Primeiro: ele foi escrito por Douglas Adams, a partir de uma história do escritor David Fisher.
Se você não sabe quem é Douglas Adams saia daqui agora, vá ler O Guia Do Mochileiro Das Galáxias (nem precisa ler todos os livros da série, só esse já basta) e depois você volta aqui.
Se você sabe quem é Douglas Adams, não custa nada lembrar que ele foi o editor de scripts de Doctor Who no fim da década de 1970 ou seja, ele era o Moffat daquele tempo.
A escrita de Douglas Adams é única: rápida, inteligente e cheia daquele humor britânico non sense que tanto combina com o 4th.

Segundo: Cidade da Morte é considerado o episódio mais visto da história da série - a parte final foi assistida por 16 milhões de pessoas e é, até hoje, a maior audiência de DW.
É um episódio com a melhor companion da série clássica, Romana II (Lala Ward). E, ainda, é o episódio que tem a participação de John Cleese (se você não sabe quem é o John Cleese, Deus tenha piedade da sua alma assista isso aqui e procure saber o que foi o Monty Python).

Terceiro: o livro foi adaptado por James Goss, que é um pooota escritor de universo expandido, especialmente livros e áudios da Big Finish, tanto pra DW quanto pra Torchwood.

Quinto quarto ou aqueles numerozinhos romanos que as pessoas põem nos textos: a história é sensacional!
O livro segue a mesma estrutura da série, dividido em 4 partes, cada uma espelhando os 4 episódios que formaram o arco na TV.
Algumas adaptações foram feitas, porém: existe uma cena nova entre Romana e o detetive Duggan, o K-9 aparece e alguns personagens ganharam uma história de fundo que não seria possível ser mostrada na TV.
Fora isso, 90% do texto é o que se viu na TV.

Além disso, ele é (junto com Shada) um livro que qualquer não iniciado em Doctor Who consegue ler de boa. É uma história clássica de ficção científica: alienígena cai na Terra e tenta voltar pra casa por meios não muito ortodoxos - no caso, pagando um cientista para criar uma máquina do tempo. Pra angariar dinheiro, ele tem algumas várias versões da Mona Lisa. Alienígena e estelionatário, uma combinação interessante.

Também é um livro bom pra introduzir à série clássica a turma que acha que DW começou em 2005 ou aqueles que acham maçante assistir os episódios antigos. Sim, eles são mais lentos, mas era assim que as narrativas funcionavam naquele tempo.

Por fim, só tenho a dizer uma coisa: leiam! É diversão garantida!


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