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Dark Eyes v.1



Dark Eyes
Big Finish

"Eu sempre achei que a vista seria maravilhosa... olhar pra trás a partir do fim de tudo... ver o que as coisas se tornaram"
O Doutor busca por esperança. Ao invés disso,ele se vê em uma missão. Os Time Lords descobriram terríveis fragmentos de um plano insano para destruir o universo. E de algum mode, no meio deste plano, há uma mulher aleatória do planeta Terra, Molly O'Sullivan. 
Logo, o Doutor e Molly se vêem jogados em uma série de terríveis e perigosas aventuras, com os Daleks em seu encalço. 

Vamos lá: esse é o primeiro review de áudio que eu faço aqui, e também o primeiro review de algo da série clássica, então vamos primeiro pra explicação geral e depois pro review de cada episódio do arco.

Dark Eyes é uma antologia da Big Finish, estrelando o 8º Doutor. Essa primeira parte foi lançada em 2012 e trouxe a a mudança do visual do Doc - da roupa do filme de 1996, pra esse visual calça jeans + jaqueta de couro que lembra um pouco o 9º. O mais legal é que Dark Eyes é full cast, ou seja, com todos os atores (e não só um narrador fazendo quase todas vozes, com no máximo um ator convidado).

É uma aventura foooooooda, melhor que muita coisa que já se viu na TV (o que é comum nos áudios da Big Finish). O Doutor tem uma nova companion, Molly O'Sullivan (Ruth Bradley), uma enfermeira da I Guerra Mundial cujo apelido é Dark Eyes, pra desespero completo dela.
As quatro partes de Dark Eyes v.1 foram escritas pelo Nicholas Briggs que eu sempre achei que deveria ser elevado ao posto de showrunner, mais conhecidos como a voz dos Daleks.
Como toda boa aventura de série clássica, temos Daleks e Time Lords na disputa de quem vale menos.
Vamos aos episódios?

The Great War


O áudio anterior a Dark Eyes v.1 é To The Death, em que Lucie Miller, companion do 8th, morre lutando contra os Daleks. Ou seja, ele está no modo revolts e decide dar um passeio até o fim do universo pra espairecer a cabeça. Quem nunca, né non?
Chegando lá nosso amado 8º é interceptado por Straxus (Peter Egan), um enviado do Alto Conselho de Gallifrey (na minha quebrada a gente chama isso de motoboy de treta),que explica ao Doutor que ele não pode fazer isso, mas que se ele busca renovar suas esperanças, o Lord Presidente tem uma missão para ele.
O Doutor, então, pousa na França, durante a I Guerra Mundial, no meio de um ataque com gás mostarda e é resgatado por soldados britânicos. No hospital de campanha, o Doutor é atendido pela irlandesa Molly O'Sullivan e pela lady inglesa Isabel Stanford, que logo cria um crush no Doc (é o McGann, gente, com essa cara e essa voz...)

Corta pra todo mundo entrando num trem a fim de voltar pro chateau-hospital para tratar os feridos pelo ataque com gás. Lá no chateau está Kitty Donaldson, a quem Molly servia como dama de companhia e por conta de quem a garota foi parar como enfermeira na Guerra. Kitty está à beira da morte, e o Doutor é levado para a mesma tenda em que ela está - e onde o Dr Sturgis (Johnathan Forbes) faz experimentos com uma nova técnica, chamada de transfusão de sangue. Mas um gás brilhante surge, envolvendo a tenda e matando Kitty.

O gás brilhante, na verdade, são ventos do vórtex do tempo (Bad Wolf mandou lembranças) e ao alertar as pessoas do perigo, o Doutor é dado como louco e amarrado pelo Dr. Sturgis - que mata lady Isabel e põe a culpa no Doc. Molly chega e suspeita do médico, o que faz ela muito bem, já que ele era pau mandado dos Daleks. É quando o Doutor percebe que Molly é a missão dele e consegue convencer a garota a fugir com ele.

Enquanto isso, em outro lugar do tempo e do espaço, um indivíduo misterioso chamado Kotris (Toby Jones) discute seus planos com os Daleks.


Fugitives


Começamos com Sally Armstrong (Natalie Burt), uma pesquisadora que em 1970 recebe 1 bilhão de libras e instruções de um certo Doutor num computador desligado.
Enquanto isso o Doutor e Molly estão escapando dos Daleks em território francês a cavalo, num avião (lembrem-se que isso era 1917) e finalmente por Tardis. E aqui temos a primeira ligada de desconfiômetro: Molly entra na Tardis e não manda o famoso OMG, it's bigger on the inside! Ela diz que já esteve lá, só não se lembra quando, como ou porquê.

Corta para Straxus pousando sua Tardis no planeta Srangor e pedindo para um camponês matá-lo. Quando o senhor recusa, ele sobe no alto de uma montanha e se joga, sendo impedido por um drone que faz vworp vworp. Duas vezes.

Nova cena, agora em 1972, na Baker Street, 107. Uma casa que pertence ao Doutor (e que realmente existe, só jogar o endereço no Street View) e onde ele e Molly se juntam a Sally Armstrong, que construiu na casa um aparelho de acordo com as especificações dadas na primeira cena do áudio. O aparelho era, na verdade, um portal de tempo-espaço, por onde lindos Daleks atravessaram, fazendo com que os três fugissem no primeiro táxi que apareceu na frente.
De volta à casa, Sally é morta pelos Daleks e numa hesitação dos saleiros em matar o Doc, Molly nocauteia ele, carrega pra dentro da Tardis e os dois acabam parando no planeta Halalka, onde o desconfiômetro liga pela segunda vez: o circuito de tradução da Tardis não funciona com Molly.

Ainda em Halalka os dois são atacados por golfinhos assassinos controlados por Daleks, enquanto um policial relata a Kotris o que aconteceu.
De volta à Tardis, o desconfiômetro liga pela terceira vez: Molly consegue pilotar a Tardis com mais facilidade que a River...


Tangled Web

Essa é a parte do áudio dedicada à história de Molly O'Sullivan. Em 1893 a garota some no seu aniversário de 2 anos e é devolvida a seus pais, adormecida, por Kotris - que sai falando consigo mesmo sobre como ela irá crescer para salvar o Universo da tirania de um povo.

O Doc, tentando entender como pode Molly conseguir dirigir a Tardis, decide usar de hipnose para descobrir o que aconteceu com ela aos 2 anos, e descobre que ela realmente esteve em uma Tardis antes - só que não a do Doutor.
A Tardis pifa no meio do caminho, e o Doutor tem um ataque e desmaia. Quando ela finalmente pousa, Molly mais uma vez resgata o Doutor e a Tardis tranca os dois do lado de fora - que é nada mais nada menos que Skaro, só que numa versão pós Time War onde Daleks bonzinhos existem...
Claro que não existem Daleks bons (só o Rusty e o 12th): tudo era uma ilusão criada por Mezcoranis, robôs que acreditam que o Doc é um paciente perigoso e com mania de perseguição, e que prenderam ele e Molly em celas de vidro. É quando o 8th percebe que tudo não passa de uma manipulação de Kotris, que aciona um link psiônico com Molly e manda um I'll be the death of all Time Lords.

Straxus localiza e resgata o Doutor e Molly, materializando sua Tardis ao redor deles. Ele informa que X (na verdade Kotris) era um Time Lord e que acredita que  ele foi geneticamente modificado pelos Daleks. É quando a Tardis de Straxus é atacada no vórtex...

Falando em Kotris, o BFF dele é o Dalek Controlador do Tempo, figurinha carimbada nos áudios do 8th Doctor, e que reaparece em The Dalek Generation, livro do 11th Doctor.


X And The Daleks


Chegamos à parte final desse set, e onde o quebra-cabeça finalmente se encaixa.
Com a batida, um dos tripulantes da Tardis de Straxus, Sandun, acaba se sacrificando para salvar todos. Eles pousam em Srangor (vários nomes com S nessa história...) e Sandun conta ao Doc que está com medo não porque essa é sua primeira regeneração, mas sim porque há algo em Srangor que impede que os Time Lords se regenerem...
Molly e o Doutor encontram o mesmo camponês que não aceitou matar Straxus, e ele explica que Srangor é um planeta dominado pelos Daleks, e se junta à dupla quando o Doutor lhe diz que vai derrotar os saleiros andantes.
Resumindo todas as explicações, acho que já deu pra perceber que rolou um momento wibbly wobbly em que um personagem é, na verdade, a versão seguinte do outro e, em razão do paradoxo, temos um reset dos acontecimentos. Nada mais Doctor Who do que isso. Claro, tem toda uma explicação, um monte de termos gallifreyanos de viagem no tempo e o camponês salvando o dia; mas o que a gente precisa saber mesmo é que, com os acontecimentos resetados, Molly decide deixar a Tardis e voltar para sua amiga Kitty, que pode estar viva.

Mas esse é só Dark Eyes v. 1. Tem mais 3 volumes pela frente...
E pra você que sabe lá deus porquê ainda tem dúvida se os áudios da Big Finish são cânon ou não, não crie pânico: menina Molly foi devidamente canonizada na TV no curta The Night Of The Doctor - também conhecido como aquele em que Paul McGann regenera em Sir John Hurt. Assiste aí:









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